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Análise da obra:"Morte e vida severina"

Morte e vida Severina – João Cabral de Melo Neto

Por Layany Ferreira

    Análise da obra

 

   “Morte e vida Severina” o texto mais popular de João Cabral de Melo Neto é um auto, ou seja, foi escrita para representação teatral de alguma passagem bíblica, nesse caso é um auto de natal que se refere à encenação do nascimento de Cristo presente no texto a partir da 13ª parte com o nascimento do filho de José.

   Na verdade Morte e vida Severina é uma poesia; Maria Clara Machado, que dirigia o teatro Tablado, no Rio, pediu para que João escrevesse algo sobre retirantes para uma peça teatral. Então João escreveu um grupo de poemas dramáticos que foi produzido entre 1954 e 55 e publicado em 1965.

   Sua linha narrativa segue dois movimentos que aparecem no título: morte e vida. A morte está presente na vida de Severino durante toda sua jornada até Recife e a vida é evidenciada e apreciada com o nascimento do filho de José. Severina refere-se a vida dura e severa de Severino.

   Morte e vida Severina tem como subtítulo “Auto de Natal pernambucano”. O autor usa o verso heptassilábico (redondilha maior- verso com 7 sílabas). Esta dividida em 18 partes, onde cada parte contém um título e equivale a uma pequena cena ou ato. Da parte 1 ao 9 retrata o curso da viagem de Severino e da parte 10 a 18 retrata suas experiências em Recife.

 

    Resumo da obra

 

   Severino representa o nordestino que sai do sertão para o litoral, acreditando que a vida será melhor, mas durante o caminho ele vai percebendo que a vida é severa independente do lugar.

   Desenganado com uma vida melhor no litoral, Severino resolve “saltar fora da ponte e da vida” e atirar-se no rio Capibaribe. Tem essa decisão enquanto conversa com seu José, quando uma mulher anuncia que o filho de José nasceu.

   Seu José comovido com o nascimento do filho tenta fazer Severino desistir da idéia de suicídio e diz que a explosão da vida de seu filho, que ambos puderam apreciar era a alternativa: mesmo com as moléstias a vida deve ser vivida, mesma que seja Severina.